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sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Sobre o caso da moça que chamou o goleiro Aranha de macaco durante uma partida de futebol e que está respondendo por crime de racismo. Muitas coisas são ditas sobre o assunto e há quem defenda que a atitude dela foi no momento de tensão do jogo. Gostaria que comentasse o episódio, obrigado.
Certamente que foi resultado da euforia, quando, então, o cérebro dela desligou a censura e ela externou o que, de fato, sente por dentro. O problema é que racismo não é o que se sente e sim o que se faz. Mesmo que uma pessoa não aprecie negros, orientais, indígenas, brancos, judeus, árabes ou que raça sejam, ela tem que se policiar para não agir contra em nenhuma circunstância. Isso vale para todo tipo de preconceito, além do racial. Qualquer um tem o direito de não gostar de heterossexuais ou de homossexuais, de cristãos ou de muçulmanos, de atleticanos ou cruzeirenses. Mas não pode fazer nada contra eles. E xingar um negro de "macaco" é ofender, como xingar um branco de "lagartixa" ou xingar um homossexual de "viado". Todo mundo tem que ser respeitado, mesmo que não seja amado. Só não se pode respeitar quem seja cruel, injusto, desonesto ou qualquer forma "do mal" de ser. Mas isso não depende de raça, credo, nível, nacionalidade ou o que seja.
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