quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Ernesto, não há grande diferença entre ser religioso e ser anarquista. Ambas esferas suportam utopias que encerram um mundo ideal como fim último para aperfeiçoamento da humanidade. Precisamos de utopias mais do que precisamos da verdade?‎

Há muita diferença. Pessoas religiosas consideram um mundo ideal com base em fundamentos falsos, isto é, no atendimento da vontade de uma divindade que não existe. O anarquismo e o comunismo também buscam um mundo ideal mas com fundamento no que, de fato, existe, que é a sociedade dos homens. E concebem panoramas perfeitamente factíveis. O anarco-comunismo só é uma utopia agora. Mas é perfeitamente factível para o futuro. Quanto à realidade, o anarco-comunismo não a desconsidera. O que ele quer é, justamente, mudá-la para uma outra realidade, tão verdadeira quanto a atual, mas completamente diferente. E isso é perfeitamente alcançável.

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