sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

"Se a religião não é necessária para que as pessoas sejam boas, então nada é. Teríamos que considerar que o homem possui um instinto natural e imperativo, ou seja, incontornável, impossível de ser resistido, para fazer o bem." Concorda? Se não, como o senhor refutaria essa máxima?‎

Não concordo não. Nem o homem tem uma pulsão imperativa para o bem nem a religião é necessária para que ele faça o bem. O homem tem a capacidade de fazer tanto o bem quanto o mal. Uns podem ter um pendor inato maior para o bem ou para o mal. Mas ambos tanto podem fazer o bem ou o mal, a despeito de seus pendores. A educação é que os levará ao bem ou ao mal. Não uma educação necessariamente religiosa, mesmo que possa o ser. Uma educação humanista inteiramente laica é perfeitamente adequada para concitar as pessoas à prática do bem e à rejeição do mal. Inclusive é uma forma muito mais válida de se dedicar ao bem do que a forma religiosa, pois não se prende e nenhuma pretensa determinação de nenhuma divindade e nem a qualquer objetivo de obter a salvação ou evitar a danação eternas. O bem é cultivado por seu valor intrínseco, independente de qualquer recompensa.

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