sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ernesto,uma pergunta de ateu para ateu. Também fui criado com o cristianismo católico, e em minha fase de transição para o ateísmo (dos 17 aos 20 anos, mais ou menos), sofri por perceber que vivia enganado. Você viveu algo assim? Sofreu com isso? Ou foi mais tranquila essa passagem

Na infância e na adolescência eu fora um católico convicto, tanto que queria ser santo. Mas, entre os 19 e os 24 anos, em razão de meus estudos de ciência (especialmente evolução, neurociências e cosmologia), filosofia, história e religião, concluí que a fé é um disparate, mormente a cristã e, em especial, a católica. Primeiro me tornei deísta, depois agnóstico e, finalmente, ateu. Mas não passei por traumas por isso. Acho que foi porque essas mudanças ocorreram com muita segurança e porque meus pais, mesmo sendo cristãos, eram bem abertos a admitir que eu não fosse, aceitando minha filiação a qualquer religião ou a nenhuma. Além do mais, como professor que eu já era, vivia em um meio mais esclarecido, em que podia externar minha posição sem que me tivessem por algum tipo de pária. E como essa mudança não alterou meu caráter e meu modo de ser benigno, as pessoas me aceitaram.

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