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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Prof., quando digo Aristocracia, não me refiro a uma "Aristocracia de sangue", mas a um Governo de Virtuosos. Um governo em que um verdadeiro Aristoi (ou vários) governe. Se o sujeito for, de fato, virtuoso, é possível que dê certo, apesar de partir do pressuposto de que as pessoas não são iguais?
Sim, é possível, como queria Platão em sua República. Todavia há o problema de identificar os virtuosos e legitimar quem seria ou seriam os governantes. Talvez isso pudesse ser feito dentro da democracia se se estabelecer uma exigência de competência e de virtude para se candidatar. Mas não seria bom se a escolha fosse feita só por um grupo de virtuosos, como o parlamento, se o acesso a ele também exigisse competência e virtude. Ou, talvez, sim, em um sistema colegiado de governo, com as funções executivas exercidas pelo mesmo poder legislativo.
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