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quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Meu professor de Eletromagnetismo falou que não se pode medir a expansão do Universo, pois em todos os referenciais ocorreria um aumento simultâneo de espaço e sempre seria medido o mesmo, já que o que se esgarça para um lado se esgarçaria igualmente para o outro. Continua (...)(Continuação) No caso de um balão com duas pintas, uma pinta nunca poderia dizer que se afastou da outra, pois ela sempre veria o mesmo. Só seria possível medir a expansão com um observador externo. O que acha?
Ele está enganado. Acontece que essa expansão se dá ao longo do tempo. E, quando se vê uma porção longínqua do Universo, se a está vendo há tempos atrás. Então, se ela emitiu para nós uma luz de certo comprimento de onda, à medida que a luz se dirige para nós, o Universo vai se expandindo, isto é, o espaço inchando, e o comprimento de onda aumentando. Então se capta um comprimento de onda maior do que o que foi emitido. Como saber qual o que foi emitído? Pela posição relativa das raias espectrais que caracterizam dado elemento químico. Por exemplo, as raias de emissão ou absorção do hidrogênio atômico. Ao se captar a luz de galáxias distantes, vê-se as raias de absorção do gás galáctico e suas posições relativas mostram que se trata de hidrogênio. Mas elas não estão nas posições absolutas que apresentam aqui na Terra. O deslocamento apresentado permite calcular o "red-shift" e, por ele, a velocidade com que o espaço está crescendo. Cotejando as diferentes taxas de crescimento com as correspondentes distâncias do objeto observado se pode inferir a "Lei de Hubble" que mostra, cabalmente, a expansão cósmica.
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