sábado, 27 de janeiro de 2018

Quando uma estrela morre, outra pode nascer em seu lugar? Quando a última estrela morrer, não restará nada além de um vazio sem vida?

Quando uma estrela morre, isso pode acontecer de três modos, dependendo da massa dela. Para massas residuais (depois que a estrela tenha perdido o envoltório de seu caroço para o espaço) menores do que 1,4 vezes a massa do Sol (limite de Chandrasekkar), a estrela morrerá (isto é, deixará de produzir energia radiante) permanecendo como uma dita estrela "anã branca", que é o resíduo da estrela ainda quente e luminoso, que perderá gradualmente sua energia para o espaço até apagar (o que pode demorar bilhões de anos), passando a ser uma estrela "anã negra" que é apenas uma esfera de matéria (praticamente toda composta de ferro) solta no espaço sem emitir radiação. Grande parte dos astros de uma galáxia e que compõem parte de sua "matéria escura" são essas anãs negras. Se o núcleo residual estiver entre 1,4 e 2,7 massas solares, a estrela deixará de produzir energia radiante por reações nucleares mas se transformará em uma "estrela de nêutrons" que é um astro cujo núcleo é como se fosse um único núcleo atômico, feito só de nêutrons, com a massa da estrela toda e um volume extremamente reduzido, já que a densidade será a do núcleo atômico que é um trilhão de vezes maior do que a da matéria atômica. Pela conservação do momento angular, esse caroço, então, girará com uma rotação altíssima e se apresentará como o que é chamado de um "pulsar". Para massas remanescentes maiores do que 2,7 vezes a do Sol (imite de Oppenheimer-Volkoff), a estrela se transformará em um "buraco negro". Mas essas estrelas são minoria no Universo. No processo de fenecimento da estrela ela passa por uma fase em que o envoltório se dilata (gigante vermelha) e, depois, por uma explosão em que o envoltório é ejetado para o espaço. Os gases provenientes desses envoltórios ejetados, normalmente, se condensam, aleatoriamente, formando novas estrelas de segunda geração (como é o caso do nosso Sol) ou de terceira, quarta e ulteriores gerações. Depois que, com a expansão, não mais for possível haver condensação desses gases e todas as estrelas estiverem mortas, o Universo será o conjunto de todos esses remanescentes (anãs negras, estrelas de nêutrons e buracos negros), bem como do gás que não se condensou em novas estrelas. Certamente que não haverá vida alguma. Mas não será nenhum vazio. Mais tarde, com a continuação da expansão, a própria matéria desse Universo remanescente será desfeita pelo esgarçamento do espaço e se transformará em campo puro, que continuará indefinidamente a se rarefazer enquanto o Universo jamais parará de se expandir.

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