sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Se a vida humana depende do trabalho, e este causa tanto desprazer, visto que muitos detestam as segundas-feiras, concorda que o ser humano está condenado a infelicidade?

Não acho que o trabalho cause tanto desprazer. Só causa para quem trabalhe no que não goste. Trabalhando no que se gosta, o trabalho é, até, um lazer. Portanto não é razão para infelicidade. Mesmo que a pessoa não goste do que faz, ela pode se convencer de que o que faz tem o objetivo de possibilitar que ela possa fazer o que goste e, assim, aceitar sem desgosto o trabalho que faz. Portanto o ser humano não está, definitivamente, condenado à infelicidade. O que eu recomendo sempre é que a pessoa possa encontrar um trabalho que lhe propicie a renda necessária para viver sem que seja um emprego. Isso é que é bom. Ser um trabalhador autônomo ou um empresário e não um empregado. Mas, sendo um empregado, a pessoa pode abraçar o trabalho com grande entusiasmo e se dedicar prazerosamente a ele também. Especialmente se for uma pessoa criativa, que invente modos melhores de desempenhar o que faz, que busque maximizar a eficiência e a eficácia de seu trabalho, que não fique lamentando o tempo que passa trabalhando, mas curta esse tempo o tempo todo, até esquecendo de que ele esteja passando, de tão envolvido que fique no que faz. Assim o trabalho será gratificante e aprazível, mesmo como um empregado.

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