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domingo, 18 de março de 2018
Se todo mundo fosse Budista o mundo seria melhor?
Certamente que sim. Apesar dos equívocos metafísicos dessa concepção, que são o carma e a sansara, sua mensagem ética é muito superior do que a do cristianismo, do islamismo e do judaísmo, por exemplo. Outra religião assim é o jainismo. Só discordo da concepção de que a origem do sofrimento seja o desejo. Para mim não é o desejo e sim a frustração por sua não realização. Pode-se desejar o que se quiser (desde que não seja algo maléfico). Isso é bom para se envidar esforços em sua consecução (também, desde que esses esforços não provoquem mal a nada). O que não se pode é se importar com o fato de não se conseguir sua realização. Nesse sentido eu advogo uma espécie de síntese dialética entre o epicurismo e o estoicismo que, também, são ateus, como o Budismo. Mas não consideram que se tenha algum tipo de espírito que se encarne em outros seres no ciclo de sansara até atingir a iluminação. E nem que cada pessoa que nasça o faça com a carga do carma de suas vidas pretéritas. A vida de cada um é única e exclusiva. Começa no ventre da mãe e termina com a morte. Pronto, acabou!
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