sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Como refutar o Design Inteligente?

Se o surgimento do Universo e da vida foi resultado de um projeto, também houve uma criação, isto é, um processo de construção por um agente externo e não um acontecimento fortuito e resultante de acasos. Ou seja, haveria que se ter um criador extrínseco ao Universo que, por meio de recursos não naturais, teria obrado sua criação. Não há evidências nem comprovações nenhuma de que tal tipo de sujeito exista ou tenha existido. Além disso, as observações dos testemunhos deixados mostram que não se requer nada disso e que tudo pode, perfeitamente, ter surgido por acaso. A suposição de que tenha havido um projeto e um agente que o tenha executado é totalmente dispensável. Mesmo que ainda não se tenha a explicação cabal desse processo natural de surgimento do Universo e da vida, avocar uma explicação por meio de uma interveniência extrínseca é extrapolar sem necessidade e sem fundamento. Porque também não se tem explicação do processo pelo qual o surgimento por meio de uma criação tenha se dado. Mesmo descartando o teísmo que, realmente, é totalmente descabido, o deísmo, o panteísmo, o pandeísmo, o panenteísmo e o panendeísmo, não se justificam. Além de que não se pode considerar a existência de nada extrínseco ao Universo, já que ele é o conjunto de tudo o que existe, existiu e existirá. Então não é possível que tenha sido criado, pois se assim o fora, teria que haver algo que não fizesse parte do Universo para o criar, uma vez que não é possível que ele tenha sido criado por algo que fizesse parte dele, pois, então, já existiria. Ou o Universo sempre existiu ou, se passou a existir a partir de dado momento (do qual não existe "antes"), surgiu sem provir de nada e sem ter causa. O que não é o mesmo que dizer que proveio "do nada", porque se assim o fora, existiria algo, isto é, "o nada" que, portanto, já seria o Universo.

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