sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Ernesto, qual seria sua reação se um dia se deparasse com um movimento com seu sobrenome, tipo ruckertismo? Se pudesse, criaria um movimento, uma ideologia com esse nome? Com que propósito?

Sou totalmente contra esse tipo de coisa. Se aparecesse eu não autorizaria e, inclusive, desestimularia. Acho que tudo deve ser levado adiante sem definição de qualquer movimento, escola filosófica, política, econômica, sociológica, científica, artística ou seja o que for. E, principalmente, sem nenhuma paternidade ou maternidade vinculada a pessoa nenhuma. Detesto ser enquadrado em algum movimento, como marxismo, por exemplo. Acho que se precisa aproveitar as idéias boas, sejam de onde vierem, sem se vincular a nenhuma concepção. Quanto digo que sou comunista e anarquista o que estou dizendo é que comungo com as concepções básicas e gerais desses movimentos, mas não que sou filiado e nem que concorde com tudo o que seus seguidores preconizam. Por isso não me afilio a nenhum partido político, primeiro porque os partidos políticos brasileiros não têm programa e segundo porque, mesmo que tivessem, eu não me alinho incondicionalmente com o de nenhum e não sou, nem um pouco, obediente. Sou um livre pensador e, como tal, sigo apenas minha própria cabeça. E não quero que ninguém me siga incondicionalmente. O que eu quero é que todo mundo examine tudo, que reflita, que pense, que tome suas próprias decisões e aja conforme elas, sempre disposto a mudar o modo de pensar.

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