sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O senhor acha possível que o ceticismo e a fé possam ter aspectos genéticos?

Em parte, sim. A predisposição para a crença ou para a dúvida já é nata em muitas crianças. Todavia o efeito ambiental é preponderante, especialmente devido à educação familiar. Quando a pessoa é educada em uma crença e possui uma predisposição crédula, dificilmente se tornará cética. Quando é criada na crença mas tem um espírito contestador, pode ser que se torne cética. Foi o que ocorreu comigo. O contrário não se dá, em geral, ou seja, quem é criado como cético, mesmo que tenha predisposição para crer, continuará cético, mas não contestará o próprio ceticismo, como os verdadeiros céticos o fazem. É claro que que tem predisposição ao ceticismo e é criado assim, dificilmente se tornará crente. Em suma, uma educação cética é fundamental para a formação de uma população cética e o ceticismo metodológico é a mais poderosa ferramenta para a busca da verdade.

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