Ser é uma condição permanente e estar é uma condição temporária. Em verdade, nada "é", mas "está sendo", uma vez que tudo evolui no tempo, nada permanecendo como é. Assim, a essência de um ser, isto é, aquilo que faz com que ele seja o que ele é, não é constante. Todavia é possível identificar cada ser consigo mesmo, ao longo do tempo, por meio de sua "continuidade histórica". Exemplificando: considere um guarda-chuva novo. Daí a certo tempo, troque seu pano. Daí a mais tempo, troque suas barbatanas. Depois, troque sua haste e mais tarde ainda, troque seu cabo. Este último objeto não tem nada do guarda-chuva original, porém é o mesmo, pois manteve sua continuidade histórica. Cada um de nós também troca suas células ao longo da vida, tem suas memórias alteradas, sua personalidade e seu aspecto físico. Mas ainda é a mesma pessoa pela continuidade histórica. Daí a noção ontológica de "ser" que não pode ser considerada de forma imutável ou permanente. O único ser que seria sempre igual a si mesmo seria Deus. Um ser assim, contudo, não existe.
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