Mesmo assim. As formas (que são idéias, sem dúvida), não precedem os objetos. A forma de um círculo é uma idealização da forma de objetos circulares, dos quais, por extrapolação, uma operação puramente mental, se abstrai a ideia da forma de um círculo. Isto só existe nas mentes. Não tem uma existência independente delas. Sua objetividade provém de um consenso de subjetividades. É assim toda a matemática (aritmética, geometria, álgebra e análise) e toda a metafísica. Da mesma forma as leis, o direito, a ética, a estética e tudo o que for um construto abstrato de mentes. As mentes precedem a isso tudo. E a matéria precede as mentes. Não há mente sem subtrato físico que a suporte. Não existe um "mundo das formas" pré-existente fora das mentes ao qual elas buscam a representação nos objetos reais. Isto é completamente ilusório. Trata-se isto sim, de uma alucinação, das sombras da caverna. As formas é que são as sombras. A realidade não são as formas e sim o mundo físico. O mito indiano de "maya" é a mesma coisa. Considera que o mundo sensível seja uma ilusão e que o mundo real seja o absoluto das idéias puras. Novamente algo completamente equivocado.
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