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quarta-feira, 10 de julho de 2013
Você acredita nessa teoria do efeito borboleta, onde um simples bater de asas de uma delas pode gerar um tufão do outro lado do mundo?
Sim. Pode, mas não necessariamente, gerar uma cadeia causal que, após inúmeros eventos encadeados, ao fim de um certo tempo, que podem ser anos, venha a acarretar um tufão que, sem aquele bater de asas, não teria ocorrido. Mas note que, certamente, outras interferências também teriam que ser inseridas na cadeia, já que a energia desenvolvida no bater de asas é mínima. Isso é uma imagem do fato de que todos os eventos do Universo podem se influenciar e que a previsibilidade nunca é definida, bem como a origem última de alguma ocorrência. Em suma, no Universo o que mais existem são acasos e coincidências, sendo a determinação uma exceção. A complexidade do mundo físico, que, em última análise é o mundo todo, é de um grau extremamente elevado, mormente se se considerar as instâncias mais básicas das partículas subatômicas. Daí o espanto de se ter algo tão coordenado, se bem que não perfeitamente, como um ser vivo. Mas, mesmo esse, pode perfeitamente ser o produto de uma casualidade de eventos, por mais improváveis que sejam. O que mostra que a existência de um planeta como a Terra é tão singular que, até, pode ser única no Universo todo. Donde o valor inestimável de uma vida, especialmente a humana.
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