quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A ética é relativa, não é? Porque se esta se baseia em bem e mal, é variável. O que pode ser bom para mim é mal para outra pessoa. Como a filosofia lida com este paradigma?‎ Bruno da Silva

Acho que você queria dizer "paradoxo". Mas, não, a moral é que é relativa, não ao indivíduo, mas ao lugar, momento histórico e classe social. A ética pretende ser universal. Note que ela não trata do que seja bom ou mau para cada pessoa, mas do que seja o bem e o mal. A moral trata do que a sociedade considere permitido ou proibido. O bem e o mal, o certo e o errado, o justo e o injusto, em termos de ações, objeto da ética, pode ser filosoficamente considerado como aquilo que promova a maximização da felicidade para o maior número de seres e não o que seja particularmente bom ou mau para cada um. Pode ser bom para mim ficar rico, mas se o meu enriquecimento for feito às custas do empobrecimento de muitos, isso não é, eticamente, um bem. Também não é ético o que promova prejuízo, dor, sofrimento, tristeza ou qualquer mal, a não ser com vistas a um bem maior. Nem o que não possa ser erigido como norma universal a ser prescrita para todos e nem seja o que se deseje que se faça para si mesmo.

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