quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Professor, o que o senhor acha da religião (ou fé) na anarquia?‎ Gustavo Elias

Um total disparate. Nada deve ser cultivado por fé e nem de forma religiosa. Especialmente a anarquia, que é o cúmulo do refinamento em termos de concepção política racional. Claro que se pode, se deve e se tem que se envolver emocionalmente com o projeto anarquista, mas não cegamente, como a religião e a fé o fazem. A concepção anarquista só pode ser acolhida e abraçada como resultante de estudos e reflexões que mostrem a sua superioridade, oportunidade e viabilidade. E o que se conclui é que seja extremamente superior e oportuna, mas não viável na atual conjuntura. Então não se pode pretender implantar a anarquia sem uma preparação bem conduzida que, pode-se prever, será bem longa, da ordem de alguns séculos ou, até, milênios. Mas isso não é razão para desapontamento nem esmorecimento. Não é para se lutar pelo bem que se vá usufruir, mas que o futuro da humanidade aproveitará.

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