Não existe. Mas é assim mesmo. A ciência nunca tem um resultado definitivo. Essa é a sua maior virtude: a provisoriedade. Tudo está em constante aperfeiçoamento. Não se tem certeza de nada. Mas, cada vez mais, se aproxima, assintoticamente da verdade, mesmo que nunca se a alcance. Com o saudável ceticismo metodológico. As religiões, ao contrário, são dogmáticas, isto é, pretendem apresentar a verdade acabada. Isso é que é o cúmulo da pretensão. Cientistas têm ideia daquilo que lidam sim, e muita. Mas não têm um modelo acabado, não porque não queiram, mas porque o próprio processo de aquisição do conhecimento é gradual. Qual o problema? Antes isso do que propostas definitivas sem fundamento, como apresentam as religiões. Não me refiro a nenhuma delas em particular, mas a todas, pois nenhuma é preferível e qualquer outra.
No caso do átomo, o estado atual de conhecimentos é de que ele seja formado por um núcleo constituído de prótons e nêutrons em equilíbrio dinâmico, isto é, nêutrons decaem em prótons com emissão de elétrons que são capturados por outros prótons que viram nêutrons. Por sua vez, prótons e nêutrons são formados por quarks, que já foram detectados. Esse conjunto é mantido coeso pela troca de glúons ou de mésons, que são formados por quarks também. Essa interação, chamada nuclear forte, suplanta a repulsão eletrostática advinda das cargas positivas dos prótons. Tal sistema é rodeado pelo conjunto de elétrons que neutralizam os átomos e se distribuem em orbitais, em função dos seus diversos números quânticos, formando o átomo, cujo diâmetro é 10.000 vezes maior do que o do núcleo, sendo a maior parte do seu volume não preenchido por matéria nenhuma mas apenas pelo campos elétrico e magnético do núcleo e dos próprios elétrons. A quase totalidade da massa do átomo reside em seu núcleo. Até o momento, os quarks, glúons, elétrons, neutrinos e fótons são as partículas elementares, isto é, quantizações individuais de campo. Todavia há propostas de que não sejam, ainda, as mais fundamentais, mas isso é só especulação. Esse modelo, chamado de "Teoria da Grande Unificação", já é confirmado experimentalmente.
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sábado, 30 de novembro de 2013
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