sábado, 30 de novembro de 2013

Me mostre que o Inferno são os outros?‎ Rave △

Mas não são. O inferno, entendido como aquilo que nos provoca sofrimento, pode ser os outros, mas poucas vezes. Na maioria das vezes são nossas próprias convicções, nossas teimosias, nossas intransigências, nossos antolhos, nossa preguiça, nossa cobiça, nosso apego, enfim, nosso vícios que nos infernizam a vida. Se libertarmos dessas limitações pessoas, ficaremos praticamente imunes às perturbações dos outros em nossa vida. Até as tribulações que os fenômenos naturais e outras catástrofes inevitáveis possam nos trazer, um comportamento suficientemente estoico é capaz de garantir a paz de espírito. Não só estóico como cínico, na acepção primária e filosófica da palavra, isto é, o desapego à riqueza, às honras e, até, às afeições. Trata-se de cultivar a ataraxia. Sem, contudo, deixar-se levar pela letargia ou pela omissão. Comprazendo-se com a felicidade mas não se apoquentando com a sua falta. Buscando a realização na vida mas não se oprimindo se não a conseguir. Em suma, sendo-se altruísta e, se possível, fleumático.

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