sábado, 30 de novembro de 2013

Aproveitando sobre Filosofia e Ciência, quando eu afirmo, "TODO homem é mortal." De certo modo, para provar meu ponto, eu não teria que matar todos os homens para checar se existe algum homem imortal? Como a Ciência lida com isto? E quando Ciência Empírica e Filosofia se "desentendem", qual proceder‎ Bruno da Silva

Essa afirmativa não pode, de fato, ser provada antes que todos os seres humanos estejam mortos. Se, de todos os que já nasceram, 95% ainda não morreram, há uma probabilidade de 5% de se ser imortal. A ciência lida tranquilamente com isso, pois suas proposições básicas são empíricas e não lógicas. E uma proposição empírica é obtida por indução, a partir da observação de casos particulares, de que se generaliza para o caso geral, sempre com a ressalva de que não se tem garantia. Não há outra forma de fazer ciência. Aliás, esse é o grande mérito da ciência: ser sempre provisória e nunca ter certeza, no que difere das religiões, que são dogmáticas. A Filosofia usa o método da reflexão e do raciocínio, e não da experimentação e teste observacional. Mas, de qualquer modo, seus raciocínios se baseiam em dados observados. Havendo conflito, a primazia é da ciência, já que possui ferramentas mais confiáveis de validação de suas assertivas. É o que tem acontecido ao longo da história, em que temas antes filosóficos se tornam científicos. Contudo, ainda há campo para a Filosofia e eu gostaria que ela se valesse de métodos científicos de validação de suas assertivas, sempre que possível. Isso evitaria a existência de "escolas de pensamento" conflitantes mas coexistentes.

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