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segunda-feira, 17 de março de 2014
Sob uma perspectiva ateísta, ações como matar não são socialmente vantajosas; por isso, no decurso da evolução humana, tornaram-se tabu. Mas isso não faz nada para provar que sejam moralmente ERRADAS. O estupro, por exemplo, pode ser evolutivamente vantajoso para manter a sobrevivência de uma espéci
Nada disso. Essa concepção de darwinismo social não prevalece. Pelo contrário. A cooperação e a bondade são mais vantajosas para o sucesso adaptativo do homem a seu ambiente (incluindo o social) do que a competição e a belicosidade. Pelo menos dentro do grupo. E a ampliação do grupo também exerce o efeito de ser benéfica para a espécie. Até que a família de cada um seja a humanidade inteira. Isso não é filosófico e nem religioso. É evolutivo. À medida que a humanidade vem evoluindo a tendência é cada vez mais diminuir a noção de "nós" e "os outros" e cada vez mais todos serem "nós". Isso é muito mais vantajoso para efeitos de sobrevivência e procriação. A imoralidade do ato de matar advém, como já respondi, do fato de ser algo que não se queira ser alvo. Quanto ao estupro, mesmo que aumente a população, cria animosidades que prejudicam os cuidados parentais e a solidariedade do grupo. O ideal é o comportamento dos bonobos, em que o sexo é de todo mundo com todo mundo, todos cuidando das crianças, porque ninguém sabe quem é o pai. Mas consentido e não por estupro. Por outro lado, o surgimento da cultura e da civilização é um fato evolutivo da humanidade. E isso aconteceu, dentre outras razões, para coibir a expressão pura dos instintos e possibilitar uma vida social e pessoal com mais segurança, paz, harmonia e, enfim, felicidade. Até o surgimento das religiões abrangeu, também, esses objetivos (dentre outros menos nobres, como a dominação das classes poderosas). Mas as religiões são construtos humanos ( (uma “representação social”, segundo Durkheim, Piaget, Moscovici, Jodelet e Fischer), que foram construídos sobre o mito da existência de divindades e espíritos.
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