sexta-feira, 21 de março de 2014

Os direitos são eternos?‎

Claro que não. Os direitos são humanos e a espécie humana se extinguirá em alguns milhões de anos. Mesmo antes disso, as circunstâncias sociais podem alterar as concepções de modo que o que hoje seja tido como um direito deixe de ser e o que não seja passe a ser. Mas há alguns que se pode considerar permanentes, enquanto houver humanidade, como o direito à vida e à liberdade (desde que não provoque malefícios). O direito à liberdade engloba a maioria dos demais, como o de ir e vir, de morar onde queira, de mudar de nacionalidade, de filiação religiosa e ideológica (ou partidária, se houver partidos), de se amar a quem e a quantos se queira, de escolher como prover a vida, desde que não criminosamente, até de se suicidar. Quanto à mudanças, por exemplo, atualmente se tem o direito de criar animais para matar e comer. Isso pode deixar de ser um direito. Atualmente não se tem o direito de casar com mais de um cônjuge. Pode ser que se passe a ter. Não se tem o direito de ficar sem estudar. Isso pode mudar. Há muitos direitos e proibições referentes a temas particulares que são perfeitamente passíveis de alteração. Direito de portar arma, por exemplo. Direitos trabalhistas podem mudar, se o mundo se tornar um lugar em que não existam mais trabalhadores assalariados, como acho que deva ser.

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