sábado, 8 de novembro de 2014

A civilização impede as pessoas de serem felizes na medida em que nega seus instintos biológicos. Isso é um fato. Funcionamos bem se agirmos de acordo com nossa natureza. A razão humana pode reprimir os instintos, mas rouba a felicidade também.‎

De modo nenhum. Muito pelo contrário. Os instintos podem fazer alguns felizes mas a maioria infeliz. Só os dominadores e os fortes é que seriam felizes. Os fracos não. E a felicidade tem que ser para todos. A noção de "Übermensh" de Nietzsche é extremamente nefasta. Uma sociedade em que os instintos sejam controlados será muito melhor, inclusive para os fortes, que não precisarão usar de força nenhuma para ter sua felicidade realizada. Note que não estou dizendo que a civilização atual é boa. Não é. Principalmente por causa das religiões, que têm que ser abolidas (no que concordo com Nietzsche). Mas discordo da monogamia como imposição e única possibilidade aceitável. Todavia, também, não acho que a poligamia, como opção aceitável, seja apenas poligínica e não poliândrica. Como também acho que os relacionamentos gâmicos possam ser heterossexuais, homossexuais, bissexuais e, mesmo, assexuais, sem o menor problema. Tudo aberto, conhecido, consentido e aceito pela sociedade. Mas os instintos, não só esse de harém, como outros, de cobiça e de preguiça, por exemplo, têm que ser abolidos.

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