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quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Então o que é verdade à luz da razão mas não propicia o bem é uma mentira?
O sentido de verdade que a Luisa considerou em sua pergunta não é esse sentido de adequação entre o discurso e a realidade. Nesse sentido, há que se constatar a realidade dos fatos e das coisas, mesmo que não levem ao bem. Mas a verdade que se almeja é aquilo que se considere que a realidade deva ser. Ou seja, o que seria ideal que a realidade fosse e que se dissesse, corretamente, que assim seria. Ora, trata-se de uma verdade ética e não uma verdade epistemológica. Essa verdade é que tem que ser aquela que propicia o bem. Note que o bem é um valor intrínseco e que tem que ser perseguido (no sentido de buscado), por si mesmo e não por qualquer vantagem ou recompensa que propicie. Mas o bem, quando uma prática geral de toda a sociedade, sempre propiciará vantagens a todos. Vantagens no pleno sentido, isto é, alegria, prazer, felicidade. Nada disso advém do mal, mesmo que o mal possa beneficiar alguém em particular, esse benefício, advindo do mal, sempre se dará em prejuízo maior ao resto do mundo. Em suma, não se consegue maximizar o bem geral pela prática do mal, mesmo que se consiga maximizar algum bem em particular.
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