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domingo, 9 de novembro de 2014
Professor, qual sua opinião sobre o imposto sobre grandes fortunas? Eu sempre que converso com meus amigos sobre isso, eles falam que caso aumente o imposto sobre grandes fortunar, essas pessoas pegariam o dinheiro e sairia do país, deixando desemprego.Eu não sei como responder isso. Saberia me exp?
O imposto sobre grandes fortunas é justíssimo. Inclusive um imposto continuamente progressivo, desde um patamar em que não se pagasse imposto nenhum até que se chegasse a um valor limite do que poderia sobrar para a pessoa. Por exemplo, se começaria a pagar imposto a partir de um rendimento de, digamos dois mil por mês, chegando à sobra máxima (rendimento menos imposto) de, digamos, trinta mil por mês. Tudo isso com relação ao rendimento líquido. Dá para montar uma função contínua com duas retas assíntotas, a primeira a 45º, até o ponto em que se começa a pagar e a segundo horizontal, a partir do máximo que se pode sobrar. Entre elas pode-se definir uma função quadrática ajustável. Isso daria o valor do que vai sobrar. O rendimento menos isso seria o imposto. Diz-se que se paga muito imposto no Brasil, mas não é verdade. O que se tem é muito tipo de imposto. Se houvesse só o de renda, por exemplo, ele poderia ser assim, e não se teria mais nenhum. A questão é usar corretamente esse imposto para propiciar à sociedade educação exclusivamente pública de excelente qualidade, bem como assistência médica exclusivamente pública de excelente qualidade. Além de outros serviços públicos de altíssimo nível, tudo gerido com a mais completa probidade e eficiência. Para evitar a fuga das grandes fortunas, basta a lei impedir a remessa acima de um patamar para o exterior e obrigar a que todo dinheiro vultoso depositado fosse obrigatoriamente aplicado na produção.
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