domingo, 1 de fevereiro de 2015

O liberalismo enfraquece a própria capacidade intelectual, que se perde em meio a tanta confusão relativista, em que, ao mesmo tempo, se nega tudo e se promove tudo (relativismo moral e ideológico)?‎

De modo nenhum. Muito pelo contrário. A confusão é que estimula o intelecto. A confusão é altamente saudável. Duvidar de quase tudo é que é bom para se empenhar em investigar a fundo as propostas e optar pela mais plausível. O relativismo moral e ideológico é que é bom mesmo. Não há como a moral não ser relativa ao contexto social espacial, temporal e estamentário. Isso está em sua essência. A ética sim, é que busca ser absoluta, não a moral. E qualquer ideologia jamais pode ser definitiva. Tem que ser alimentada por retornos da realidade. Daí, necessariamente, ser dinâmica. O liberalismo, ou, melhor ainda, o libertarismo é, justamente, a concepção aberta e fluida, não cristalizada em nenhuma proposta imutável. Apenas no fato de que o bem, a liberdade, a felicidade é que precisam ser os faróis norteadores das ações pessoais e sociais. Mas é preciso entender que o liberalismo, filosoficamente falando, não é a concepção de que tudo seja permitido, mas sim de que tudo seja permitido desde que não seja nocivo ao bem comum e nem prejudicial a ninguém para favorecer ninguém. Isso exclui do liberalismo o capitalismo selvagem. Mas não o capitalismo, em si mesmo, mesmo que, para mim, o capitalismo, inclusive o que não seja selvagem, não seja a melhor proposta econômica. O socialismo de estado totalitário também é contrário ao liberalismo. O comunismo, todavia, em sua verdadeira concepção, e não o que aconteceu na extinta União Soviética, é que é a perfeita realização do libertarismo.

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