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segunda-feira, 11 de maio de 2015
http://ask.fm/wolfedler/answer/126577131293 Tenho apreciado muito as suas reflexões, mas algo que vc lançou me deixou intrigado: vc acha que uma crença religiosa precisa de validação científica? Não quero parecer grosseiro, e peço desculpas se assim parecer, mas a sua ultima resposta pareceu isso.
Como crença, uma religião não precisa de validação. Mas sem validação, não se pode aferir que seja ou não verdade o que ela afirma. Ora, acreditar sem saber se é verdade ou não, não tem cabimento. É preciso que, pelo menos, haja fortes indícios de veracidade. E a fé, justamente, é uma crença sem apoio em indício nenhum. Fé é para ser aceita sem discussão ou então rejeitada. Logo eu rejeito, pois não posso admitir nada sem discussão. Ou se sabe ou não se sabe. Ter fé sem se saber é um despropósito. Ou seja, todas as crenças religiosas, que são institucionalizações de mitos ancestrais, são despropositadas. Devem ser liminarmente rejeitadas. O que se precisa é investigar qual seja a verdade a respeito do que que que seja. Isso é feito pela ciência, que desenvolve um trabalho de detetive em cada área em que atua. Mesmo que ela ainda não chegue à explicação cabal, o que tiver conseguido já é muito mais digno de confiança do que qualquer dogma religioso. Se as propostas explicativas das religiões coincidirem com o que a ciência obteve de resposta, ótimo. Se não, que sejam rejeitadas. Uma das grandes qualidades da ciência é não ser definitiva e o grande defeito das crenças religiosas é pretender ser definitiva. É impossível que a fé possa ser erigida como critério de verdade, pois fé as há em várias modalidades a respeito de tudo e, em cada caso, há muita gente que possua fé sincera no que diga a sua modalidade de fé. Como a verdade, por definição, tem que ser única, propostas conflitantes de explicação não podem ser simultaneamente verdadeiras. Ou uma só delas ou nenhuma. E isso em cada caso particular. O mais provável é que nenhuma das propostas das doutrinas religiosas seja verdadeira.
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