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segunda-feira, 11 de maio de 2015
Na sua concepção, o que é o "mal"? Acha que existe a necessidade da existência do mal? Se sim, todas as tentativas de acabar com esse mal seriam inúteis?
Mal não é uma entidade. Mal é uma qualidade, um aspecto, um atributo, uma característica de ações, de ocorrências, de fatos. Não de seres nem entes. Pode ser de práticas, isto é, de modos costumeiros de ações. Trata-se da qualidade de uma ação que a faça desencadeadora de sofrimento, dor, prejuízo, tristeza, infelicidade, injustiça, ou o que seja de ruim e indesejável a quem ou ao que seja a ação endereçada. Note que isso não depende da intenção de quem a faça, se ela for feita por um ser dotado de consciência. O mal, inclusive, pode ser feito por agentes naturais desprovidos de vontade. Não há nenhuma necessidade de que exista o mal. Pode perfeitamente não haver nenhuma ação que provoque efeitos que a caracterizem como má. No caso de agentes não conscientes, como a natureza, contudo, é quase impossível evitar que algum mal possa ocorrer. Isso inclui ações de animais, mesmo inteligentes, que não possuam consciência ética. No caso de agentes dotados de consciência ética, contudo, em princípio, seria possível que qualquer ação malévola fosse totalmente abolida. Mesmo que tal intento não seja alcançado, é sumamente salutar que esforços sejam envidados nesse sentido. Isso faz parte do conjunto de atitudes que representam a evolução civilizatória da humanidade (considerando que apenas a espécie humana nos concerne, por ora). Buscar aprimorar cada vez mais a civilização inclui, obrigatoriamente, bater-se pela erradicação total da maldade em todas as ações do ser humano. Isso é possível, mesmo que extremamente difícil. Não é inútil labutar nesse sentido e é bom que todos se empenhem, individual e socialmente, para a consecução desse intento.
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