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segunda-feira, 11 de maio de 2015
Professor, eu sou cada vez mais levado a acreditar que, em um futuro não muito distante, o capitalismo nos moldes atuais poderá ser substituído não pelo comunismo, mas por uma economia colaborativa. É o que trata o livro The zero marginal cost society, de Jeremy Rifkin, por exemplo. O que acha?
Mas isso é que é verdadeiramente o comunismo. Não o que chamam de comunismo, que é um socialismo de estado. No comunismo não há patrões nem empregados. Todos compartilham de tudo, tanto dos produtos, quanto dos meios de produção e dos serviços. Sem o estado como interventor na economia. Enquanto no socialismo o estado é o único patrão e a população toda é empregada do estado, no comunismo não há essa distinção entre patrão e empregado. Todos são trabalhadores e ninguém é assalariado. Se houver moeda, todos são sócios e auferem lucros. Sem salários. No anarco-comunismo, inclusive, o próprio estado é completamente abolido, junto com seu governo. Prosseguindo nesse sentido, após a abolição da propriedade privada segue-se a abolição da moeda e a economia se torna uma economia de doação e não de trocas. Sem planejamento central nenhum. Claro que essa proposta do Rifkin é uma fase no caminho para a sociedade ácrata e despossuída. Mas essa ainda vai levar vários séculos para ser atingida, especialmente porque precisa ser mundial. Não é possível haver alguns países que sejam estados com governos e outros não. Alguns países sem moedas e outros com. Isso tem que acontecer de forma espontânea em um processo evolutivo gradual.
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