terça-feira, 31 de maio de 2016

O que acha da poligamia? 07/10/2015

Perfeitamente legítima como uma opção, desde que plenamente conhecida, consentida e desejada por todos os envolvidos. Tanto a poligínica quanto a poliândrica e, mesmo, a mista. Não vejo porque a sociedade deva estabelecer como um padrão moral a proibição de relacionamentos gâmicos plurais. Da mesma forma que os relacionamentos amorosos não estabelecidos como união conjugal (namoro). É claro que o amor não possui barreiras. Ama-se a quem o amor desperta sem interveniência da vontade. Mas o amor pode ficar apenas no nível platônico. Esse, sem sombre de dúvida, pode ser plural e é muito comum que aconteça. O que depende da vontade é o estabelecimento da relação amorosa baseada no amor. Nesse caso, a convenção moral da sociedade é que se faça uma escolha e se encete o relacionamento estabelecido apenas com uma outra pessoa. Tal escolha costuma ser razão de muito sofrimento para várias pessoas. Não vejo razão nenhuma para que seja assim. Que mal se faz a alguém que se ama se se ama também a outro alguém? Isso não diminui, em nada, o amor que se tem a cada uma das pessoas amadas. E, numa sociedade justa, em que os relacionamentos amorosos e gâmicos se fundamentam exatamente no amor e não em outras razões (como dependência econômica, obtenção de prestígio social ou o que mais possa ser), não há problema nenhum na manutenção de relacionamentos plurais conhecidos, consentidos e desejados. Inclusive com todas as decorrências legais que possa ter (mas isso, para mim, é inteiramente desimportante). Do mesmo modo que a sociedade deixou de ter o preconceito idiota contra relacionamentos estabelecidos e abertos (públicos) entre pessoas do mesmo sexo é preciso que evolua e deixe de ter preconceito contra relacionamentos plurais estabelecidos e públicos entre mais de duas pessoas. A exigência de biunivocidade nas relações gâmicas é uma manifestação egoística extremamente mesquinha, como o ciúme.

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