quinta-feira, 2 de junho de 2016

Existiu a aniquilação de prótons e antiprótons no Big Bang? 09/10/2015

É o que acontecia o tempo todo, até o desacoplamento, que se deu 380 mil anos após o Big Bang. Não só de prótons, como de elétrons, nêutrons, mésons, müons, táons, e híperons em geral. O número de partículas e de anti-partículas de todos os tipos era praticamente (mas não exatamente) igual e elas mutuamente se aniquilavam produzindo fótons sem parar. Esses fótons por sua vez, colidiam uns com os outros e produziam pares de partícula-antipartícula de novo. Elas também poderiam surgir espontaneamente do próprio campo do vácuo, por flutuações na sua densidade de energia. Com a redução da densidade, devido à expansão cósmica, chegou um momento em que as partículas ou anti-partículas produzidas poderiam decair radioativamente antes que encontrassem outra correspondente para se aniquilar. Como há uma pequena diferença entre a meia-vida de uma partícula e sua correspondente anti-partícula, acabou ficando uma sobra de partículas em relação a anti-partículas da ordem de uma parte em um bilhão. Essa sobra é toda a matéria que existe hoje no Universo. Ou seja, no Universo primitivo havia um bilhão de vezes mais partículas de matéria e anti-matéria do que existe de matéria hoje. As que se aniquilaram se transformaram em fótons que constituem a radiação de fundo do Universo, até hoje detectada. Só que, no desacoplamento essa radiação era de raios gama. Hoje, com a expansão ocorrida, ela é de microondas. Mas existe exatamente na proporção de um bilhão de fótons para cada partícula de matéria.

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