Qual proposta de intervenção você proporia numa redação sobre combate à intolerância religiosa no Brasil?

Que se instituíssem aulas de "Religiões" (no plural) em todas as escolas (públicas e privadas) de Educação Básica (Ensinos Fundamental e Médio) nas quais as mais importantes religiões fossem estudadas em todos os seus aspectos: histórico, geográfico, doutrinário, moral, litúrgico, organizacional, bem como suas interferências na vida pessoal e social das pessoas. Especialmente para as vertentes do Cristianismo, como o Ortodoxismo, o Catolicismo, o Protestantismo Tradicional, o Pentecostalismo, o Neo-Pentecostalismo, as religiões Afro-Brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé, o Judaísmo, o Hinduísmo, o Sikismo, o Jainismo, o Espiritismo, o Budismo, o Islamismo Sunita e Xiita, o Zoroastrismo, o Neo-Paganismo e outras relevantes. Tudo de uma forma isenta e respeitosa, incluindo, também, o Agnosticismo e o Ateísmo, mesmo que não sejam religiões. De uma forma que os próprios estudantes fizessem os levantamentos dos conteúdos e se convidassem sacerdotisas e sacerdotes dessas religiões para exporem-nas e se fizessem debates entre defensores delas todas, de forma inteiramente respeitosa e sem ofensas. Então as crianças e os jovens iriam saber como todas as religiões são e que não há nenhuma melhor nem pior do que qualquer outra e, assim, poder escolher, conscientemente, a qual aderir, não por motivo de que a família ou o grupo social a que pertence seja membro de tal ou qual. Isso levaria, fatalmente a uma compreensão mútua das opções religiosas das pessoas e à tolerância recíproca. Uma vantagem desse procedimento é que, certamente, se realmente estudadas a fundo e de forma serena, imparcial e racional, todas as religiões, se concluiria, como penso que sim, pela total impropriedade de todas, levando, em consequência, as pessoas ao ateísmo, que é a concepção mais consistente, mais tolerante e mais aderente à verdade. Mas, é claro, sem jamais se impor concepção nenhuma a ninguém.