terça-feira, 3 de julho de 2018

"Minha existência é um contínuo, então eu sou o que sou em cada ponto do período de tempo indicado." O que acha sobre a veracidade dessa proposição?

Sim. Em verdade nada "é" e sim "está sendo" à medida que passa o tempo. Todavia se pode identificar essa sucessão pela continuidade histórica. A cada momento, o ser advém do que era no momento anterior. Um exemplo interessante é o do guarda chuva, que pode ser identificado como o mesmo, mesmo após ter sofrido, em momentos diferentes, a troca, do pano, da haste, do cabo e das varetas, não restando, no fim, nada do original. Todavia a continuidade histórica diz que se trata do mesmo guarda chuva. Conosco também é assim. Nossos átomos são todos trocados e, em decorrência nossas células, em períodos variáveis com o tipo de tecido e de órgão, numa média de cada sete anos. No entanto continuamos a mesma pessoa. Uma pergunta interessante, no caso citado do guarda chuva, é se forem guardadas as peças substituídas e, depois que as forem todas, se montar outro guarda chuva com elas, qual será o original, o das peças velhas ou o das peças novas? Note que em diferentes períodos, o guarda chuva era composto de partes originais e partes trocadas.

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