Esta política é sumamente necessária, não importa o que pensem as religiões. E mais, uma política forte e abrangente de adoção de crianças geradas por mães que não tenham condições de criá-las, por penúria ou pouca idade, com apoio garantido e seguro a que possam levar suas gestações a termo. É preciso deixar de encarar os fatos sexuais como tabú e discutí-los abertamente nas escolas e com os pais, incluindo aí uma educação afetiva e, até mesmo, ensinar a conquistar, a namorar e a transar de forma gratificante e sem egoísmo. Nisto também se colocaria a responsabilidade de se poder, com o sexo, gerar uma vida, para que se tenha cuidado, até mesmo com doenças sexualmente transmissíveis. O ponto principal é considerar o sexo como uma atividade boa e desejável para ser feita pelos jovens, mesmo sem compromisso de relacionamento durável, de forma a que ninguém precise estar afoito para fazer sexo de forma indiscriminada, podendo fazê-lo com os amigos e amigas de forma consciente e tranquila e, principalmente, sem ansiedade e com a aprovação dos pais e mestres. Assim se poderá encarar a prevenção como um planejamento, que as mães ensinem às filhas e os pais aos filhos. Sem distinguir nenhuma menina ou menino como "galinha" ou "garanhão", uma vez que TODOS e TODAS, são "de família" e o fato de fazer ou não fazer sexo não seja nem depreciativo nem valorizado, mas apenas uma opção tão comum como praticar um esporte, dançar ou se filiar a uma religião ou não. Passando a considerar o sexo um componente normal das conversas, sem risinhos, como se fala sobre qualquer coisa, como comida, por exemplo, fará com que ele passe a ser considerado um item da vida a ser encarado com seriedade e às claras, isto é, não algo furtivo, que ocorre sem planejamento da hora e do local, o que, fatalmente, leva à falta de prevenção.
No entanto, isso tudo não exclui a necessidade de se discutir a descriminalização do aborto que ainda poderia ter situações em que seja aceito. Há que se definir bem o momento da gestação em que se considera que o embrião ou feto passe a ser uma pessoa, caso em que o aborto induzido, sem que seja por necessidade médica, seria criminoso. Assim fazendo se evitaria a ocorrência de abortos clandestinos, tão perigosos para a vida das mães, especialmente mais pobres. Mas isto não significa, também, uma abertura total para a permissão do aborto por mero capricho, em qualquer estágio da gravidez. E não vá se dizer que homem não tem que dar palpite em coisa de mulher. Tem tanto quanto mulher em coisa de homem: todo o direito.
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Não sei se já lhe perguntaram isso aqui, mas você concorda que uma política mais eficaz a respeito da questão do aborto seria por meio de programas de acesso a métodos contraceptivos e educação, em vez cde discutir a criminalização? Fábio Paiva
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