quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Por que a matemática e a filosofia são tão relacionadas?(Os maiores filósofos da história foram também os maiores matemáticos)

A matemática é a maior aplicação da lógica, que é a arte de bem raciocinar. Um filósofo é, antes de tudo, um pensador, e, como tal, precisa saber raciocinar. Sabendo bem matemática ele saberá articular argumentos para raciocinar em todas as áreas. É preciso entender que filosofia não é uma das ciências humanas, como se pensa. É uma meta-ciência, estando além das ciências e dos demais saberes humanos, mesmo não científicos. O filósofo, pois, precisa ser um polímata, isto é, uma pessoa erudita em várias áreas. Dentre elas, destaca-se a matemática, como disciplina valiosíssima para dar ao filósofo o traquejo mental necessário para seu trabalho. Mas ele precisa, também, conhecer, pelo menos, física e biologia, pois estas ciências são fundamentais para o entendimento do mundo. Não estou falando da física elementar do Ensino Médio, mas de uma física mais avançada, incluindo quântica e relatividade e de uma biologia mais aprofundada, incluindo bioquímica, biologia molecular, genética e evolução. É claro que um filósofo tem que ser um conhecedor de artes, especialmente de literatura, uma vez que muitos grandes escritores desenvolveram excelente filosofia em suas obras. Realmente, o ofício de fílósofo é o que exige maior dedicação ao estudo e, principalmente, à reflexão e ao pensamento. O filósofo precisa dedicar algumas horas do seu dia simplesmente para pensar. Não adianta ler, ler e ler, se não se pensar sobre tudo o que leu e, principalmente, sobre o que se observa diretamente da vida. O filósofo precisa interagir com o mundo e com as pessoas, sempre perscrutando o que está acontecendo. Para pensar é interessante ter-se a mão papel para anotar os raciociocínios e as conclusões, para depois examiná-las e criticá-las. Finalmente o filósofo tem que ser um bom escritor, dominar seu idioma com maestria para saber comunicar o que desenvolve, sendo versado também nas artes da retórica e da dialética. É claro que vale a pena saber alemão, francês, grego e latim, sem esquecer o inglês, mas isto é uma necessidade para qualquer um. Quem quiser ser filósofo tem que abandonar a preguiça e desistir de ficar rico, pois não terá tempo para isto. Inclusive porque não há como ser filósofo sem pretender ser sábio, ou seja, virtuoso, e isto é incompativel com ambições de riquesas. Não que um filósofo não possa ser rico, mas tem que ter o despendimento suficiente para não se importar em ficar pobre, como o era Cícero.

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