sexta-feira, 11 de maio de 2012

A paz, a justiça e a igualdade são conceitos utópicos?

De forma nenhuma. São perfeitamente realizáveis, mas muito difíceis. Acrescentaria a liberdade, a fraternidade e a prosperidade. É perfeitamente possível se conceber um mundo em que tudo isso prevaleça para todos. Esse é o mundo anarquista, mas mesmo sem o anarquismo isso pode ser obtido. É preciso um esforço continuado ao longo de muito tempo para se chegar lá, Eu diria, pelo menos, vários séculos ou alguns milênios. E o caminho está na educação. Educação para a paz, para a justiça, para a igualdade, para a liberdade, para a fraternidade, para a prosperidade. Mas tem que incluir, também, a solidariedades, o compartilhamento, a cooperação, a diligência, a tenacidade. Essas coisas são mais importante serem passadas nas escolas do que o conhecimento do idioma, da matemática, das ciências, das humanidades, das habilidades práticas. Isso tem que ser objeto de planejamento pedagógico nos chamados "temas transversais" e ser abordado de forma programada e cobrada pelas coordenações a todos os professores, sistematicamente. E ser objeto de atividades escolares frequentes, para que todos se acostumem a agir assim. Se isso for sendo feito ao longo de muitas gerações o resultado aflorará. É preciso, também, que se eduque a juventude para não tolerar injustiças, preconceitos, discórdias. Que não se omitam ao presenciarem algo assim. Que denunciem, que defendam os oprimidos, que se engajem em obras assistenciais, em projetos educacionais, que se promova a solidariedade de forma cotidiana e que se abra a consciência para a problemática das mazelas do povo e para formas de solucioná-las.

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