sexta-feira, 11 de maio de 2012

Se a vida não tem sentido, por que devemos criar um para ela? Essa é uma necessidade exclusivamente humana de sobrevivência?

Não precisamos criar um sentido para a vida. Podemos viver sem nenhum, de forma puramente natural (ou animal, se preferir). Todavia, o desenvolvimento mental da espécie humana fez surgir uma necessidade interior de se encontrar um sentido para a vida, de modo a levá-la de forma significativa e, com isso, sentir-se feliz. Dessa forma é interessante que toda pessoa tenha um ideal, um propósito maior, uma diretriz, a que dedique sua vida e seja a linha mestra, a bússola, pela qual se orientará em suas decisões. Cada um encontra a sua. Há quem veja sentido em se enriquecer para poder fruir de mais prazeres, Há quem veja sentido em conquistar o poder e se engrandece com isso. Há quem veja sentido em ser famoso, reconhecido, por seus feitos artísticos, esportivos ou de outra ordem. Há vários objetivos que a pessoa pode colocar como meta de sua vida e a luta por ela é motivo de satisfação, bem como as vitórias alcançadas, são motivo de júbilo. Quem não coloca propósito nenhum para levar a vida e a vai levando apenas para não morrer, isto é, vai comendo, bebendo, dormindo, divertindo-se, transando e trabalhando só para se manter, certamente não experimentará as grandes alegrias que a obtenção dos objetivos de um projeto de vida, mesmo que parciais, é capaz de propiciar. Outros há que colocam como objetivo de sua vida causas nobres e altruístas, como a filantropia, a educação, a ciência, a arte, a política e outras atividades que beneficiem a sociedade, de uma forma desinteressada. Para essas o satisfação da realização de seus objetivos é maior ainda, pois mostra que sua existência está sendo fator de melhoria do mundo, que, pelo fato dela existir, esta ficando melhor do que sem ela. Mas é possível, perfeitamente, sobreviver tranquilamente vivendo uma vida medíocre.

Um comentário:

Anônimo disse...

Para ocupar o tempo que é insignificante! A vida não tem nenhum sentido, nem Deus... E Deus até admito que não creio que ele exista, até porque detesto a ideia de um ser governando a todos nós, contudo, sendo o caos o desconhecido que gera a vida, sinto-me prisioneiro deste maligno destino que foi o de nascer. Continuo vivendo e fazendo as mesmas coisas medíocres todos os dias; para mim a vida não é mais do que uma passagem sem sentido e sem rumo, não é depressão é porque a vida é deprimente quando analisamos os fatos pela razão sem a crença no inexistente, apesar que, o que inexiste por si só existe, mas talvez não seja consciente e por consequência uma inércia de insignificância. Tentamos achar sentido para a vida porque ela é insignificante e muitas vezes achamo-nos especiais, com almas ou qualquer outra coisa... A verdade é que a vida não passa disso: aqui e agora... E todas sem nenhuma dúvida são medíocres, não importa a grandiosidade das descobertas ou a mediocridade do cotidiano, ao fim todos desaparecemos... Uns permeiam e tornam-se imortais pelos feitos, outros como a maioria não passa de uma grade massa de dejeto cósmico que vai pelo esgoto do tempo e apaga-se no esquecimento.

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