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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
deísmo é válido ou faz sentido?
Deísmo é a concepção de que o Universo foi criado por uma entidade extrínseca a ele que o fez de acordo com algum projeto consciente, mas que, tendo-o feito, abandonou-o à própria sorte para que evoluísse de acordo com o modo de comportamento com que fora feito, o que daria azo ao surgimento de tudo o que existe, inclusive a vida e a inteligência. Sem dúvida é uma concepção muito mais de acordo com o que aconteceu e acontece do que a concepção teísta, segundo a qual essa entidade não seria apenas a criadora do Universo mas, também, a provedora contínua do seu funcionamento. Todavia, uma análise melhor mostra que não é preciso que tenha havido projeto nenhum para a feitura do Universo e que ele pode, muito bem, ter surgido de modo totalmente fortuito, isto é, sem causa e sem propósito, além de não ter do que provir, o que a criação quer deísta, quer teísta, também considera. Outras alternativas são o panteísmo e o panenteísmo. Pelo primeiro essa entidade é o próprio Universo e pelo segundo o Universo é parte dessa entidade. O panteísmo cai por terra ao se constatar que o Universo não possui nenhuma inteligência. O panenteísmo tem semelhanças com o deísmo, exceto pelo fato de que a entidade criadora, no deísmo, é extrínseca ao Universo e no panenteísmo, o Universo é parte dela. Mas a mesma razão que descarta o deísmo descarta o panenteísmo.
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