domingo, 24 de março de 2013

Como o senhor se sentiria ao descobrir que tem como ancestrais, políticos corruptos, nazistas, senhores de escravos, ou que fizeram fortuna com roubo e exploração? E o contrário (escravos, índios e deficientes)? E a mistura dos dois?

Não sentiria nada, pois o que eu sou não tem nada a ver com o que meus ancestrais foram. Claro que me orgulharia, como me orgulho, de forma sadia, por ter os ancestrais que tenho, que, pelo que sei, foram pessoas íntegras, bondosas, produtivas, inteligentes e que deram boas contribuições para o bem da humanidade. Mas se tivessem sido tudo isso que você diz, e, certamente o podem, claro que eu não me orgulharia deles (no caso de malfeitores), mas não me sentiria rebaixado por isso. Quanto a terem sido escravos, índios ou deficientes, isso não é desdouro nenhum, como também não é glória. O que importa é o que a pessoa é, e não o que os seus ancestrais foram. Por isso eu acho, até, que não deveria haver sobrenome, só nome.

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