sexta-feira, 29 de março de 2013

O que o senhor acha do liberalismo e do neoliberalismo no âmbito individual, social e econômico? E o que o senhor acha da Escola Austríaca?

Individualmente é muito bom para quem logre sucesso, mas socialmente esse sucesso não conseguirá atingir a toda a população, firmando as desigualdades sociais como algo inerente ao mundo e, portanto, justo. Em termos econômicos, pode ser eficaz para o enriquecimento de uma nação, só que, geralmente, em detrimento de outras e, dentro dela, de umas pessoas em detrimento de outras. Em suma, fomenta a prosperidade, mas com desigualdade. Não digo desigualdade de situações, mas de oportunidades, pois as situações dependerão do esforço e da competência de cada um a quem se der oportunidade. Mas o liberalismo tolhe a oportunidade de muita gente, mesmo que diga o contrário, por ser democrata. O que é preciso seria um pós-liberalismo, caracterizado pela pulverização do capital e a transformação de todo empregado em patrão. Então todos seriam capitalistas e todos seriam trabalhadores. Mas ninguém seria empregado. Aí sim, poderia ser justo. Não simpatizo nem um pouco com a Escola Austríaca. Acho o individualismo tão pernicioso quanto o governo. Sou um anarco-comunista que considera que a economia tem que ser gestada pelos grupamentos e não pelos indivíduos. De preferência sem dinheiro e sem propriedade.

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