domingo, 24 de março de 2013

Por que a Igreja católica e até mesmo a protestante apoiaram a escravidão, o nazismo, o fascismo e as ditaduras sul-americanas?

No meu entendimento, depois da oficialização do cristianismo no Império Romano, a Igreja deixou de ser um elemento de contestação e foi co-optada pelas elites para fazer valer os seus desígnios sobre o povo, domesticado pela religião e não rebelde por causa dela, como era no tempo da perseguição. Alguns movimentos de ressurgimento do sentido original aconteceram mas acabaram abafados ou co-optados, como os franciscanos e o protestantismo. E as elites consideram que as desigualdades são justas, que têm que haver ricos e pobres e que os pobres estão aí para servi-los e eles só não podem deixá-los morrer. As igrejas, em geral, entraram nessa linha. Por isso são contra o comunismo, que é ateu, justamente porque vê o quanto a religião promove a desigualdade e os privilégios. A luta contra o ateísmo e contra o comunismo é uma luta pela manutenção desses privilégios e desigualdades. As ditaduras surgiram para abafar movimentos populares de contestação da dominação das elites. Mas, muitas vezes. as revoluções foram desvirtuadas, e os revolucionários se tornaram, também, opressores do povo, mesmo sendo de esquerda. Por isso é que sou um comunista não marxista e não socialista. Não quero saber de ditadura do proletariado nenhuma e nem de socialismo. Quero já o comunismo puro e democrático, que se torne, logo, anárquico. Mas isso, para mim, não pode ser pela via marxista e sim pela exacerbação e pela pulverização do capitalismo, extinguindo os empregados e transformando todos em patrões. Apenas, temporariamente, o governo se incumbiria da segurança, da justiça, da educação e da saúde.

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