sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Sendo assim, a religião seria uma invenção para o homem viver conforme a lei de quem a criou, tendo como recompensa o céu e, caso descumprir, como consequência o inferno?‎

As religiões são isso mesmo. Foram instituídas por pessoas para controlar o comportamento das outras pessoas com base em crenças que já existiam de forma difusa. Essas crenças, por sua vez, surgiram de uma carência do homem em encontrar explicação para o que não achava. Como, em geral, quase tudo o que ocorria tinha um agente identificável, os fenômenos em que o agente não estava manifesto eram atribuídos a agentes ocultos, que foram conceituados como espíritos e deuses. Daí a imaginação dos povos passar a atribuir a tais entidades vários poderes e a capacidade de atender a súplicas humanas para propiciarem o atendimento de desejos em troca de ofertas sacrificiais. Da mesma forma que, como o pensamento parece residir fora do corpo, considerou-se que haveria uma alma que continuaria a viver fora do corpo quando este morresse. E, para assegurar a punição e o prêmio pela má ou boa conduta, que essa alma seria castigada ou favorecida em sua vida fora do corpo, que seria eterna. Dessas crenças, por institucionalização, surgiram as religiões, que passaram a controlar a conduta das pessoas e serem administradas por um grupo privilegiado de sacerdotes, em íntimo conluio com os grupos detentores do poder militar e político. Muitas vezes essas pessoas até acreditavam mesmo no que pregavam, isto é, que fossem prepostos das divindades perante a população.

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