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quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Como se dá o fluxo de elétrons em uma corrente elétrica?(Num condutor metálico)
Uma corrente elétrica pode não ser de elétrons e nem se dar em um condutor. Pode ser de íons, no caso de soluções eletrolíticas, gazes ionizados e plasmas. Ou de elétrons ou íons no vácuo. Ou mesmo, através de isolantes, se se vencer a rigidez dielétrica. Isso tem que ficar bem claro. Corrente elétrica é um movimento líquido de cargas, isto é, com uma deriva superposta ao movimento puramente térmico. Também pode ser um corpo macroscópico eletrizado em movimento. No caso da corrente de condução em condutores metálicos, o que acontece é que, na ligação metálica, existe uma rede cristalina de íons metálicos, em cujos interstícios se estabelece um fluido dos elétrons da camada de valência, em que cada um não se liga particularmente a nenhum íon da rede, mas vaga entre todos eles, como se fosse a água existente dentro de uma esponja. Ao se aplicar um campo elétrico, devido a qualquer acúmulo ou rarefação de elétrons em diferentes posições do condutor, esse campo aplica uma força motriz aos elétrons que faz com que, em seu movimento caótico dentro da rede, exibam uma tendência líquida de ir se deslocando, em conjunto, no sentido oposto ao campo. Como um bloco carnavalesco desfilando. Cada folião pula para lé e para cá, indo e vindo em todos os sentidos, mas o bloco, como um todo, se desloca pela rua. Se a corrente for alternada, esse deslocamento inverte periodicamente o sentido, indo e vindo.
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