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quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Como você disse, um embrião é um indivíduo, e como tal, o aborto não estaria matando um indivíduo, mesmo que ele ainda não seja pessoa? Qual a legitimidade desse ato, já que, por exemplo, defendemos a não matança de outros seres vivos, como por exemplo : caprinos,suínos e equinos por qualquer finali
A questão não é não matar um ser vivo e sim não matar um ser vivo senciente. Um indivíduo é um ser vivo que possua uma individualidade em relação a outros, isto é, que não seja parte de outro, mesmo que exiba alguma dependência nutricional, por exemplo, como um parasita. Mas um indivíduo pode não ser senciente, como um indivíduo vegetal. No caso de alguns animais, ainda há controvérsia sobre a partir de que nível se tem a senciência. Considera-se que vermes não sejam sencientes. Mas é possível que gastrópodos, que são moluscos, sejam sencientes. Artrópodes, não se sabe, mas supõe-se que não. No caso embriológico, também se discute a partir de que estágio o indivíduo embrião ou feto se torna senciente (como quando se torna consciente) e, no caso do animal ter auto-consciência e ser uma "pessoa", em que fase embriológica ele já seja uma pessoa. Um mamífero ao nascer já é mais complexo, neurologicamente, do que um feto humano de umas dez semanas, por exemplo. Essa questão é controversa e de difícil definição. Seria ético matar um rato? Por que matar um gambá e não um gato? Ou uma cobra e não um passarinho? Ou um porco e não um cachorro? Ou um frango e não uma arara? Ou um boi e não um cavalo? Porque uma arara seria superior a um frango?
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