quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Por que todas as pessoas sempre imaginam uma pessoa totalmente radical e violenta quando se fala em um anarquista. Acha que a maioria dos anarquista de hoje não representam bem sua ideologia, usando mais a emoção, a revolta, do que a razão? É assim que retratam o anarquismo e a autocracia num filme.‎

Porque há uma corrente anarquista assim mesmo. Uma corrente radical e violenta. Essa corrente, contudo, não representa o verdadeiro espírito do anarquismo. Mas é a que os reacionários levam a população a identificar com o anarquismo, porque não querem que a verdadeira face do anarquismo seja mostrada. Pois ela contraria seus desígnios de dominação e fruição de benesses em detrimento do bem geral. O mesmo acontece com o comunismo. As ditaduras socialistas foram chamadas de comunistas para que se tivesse horror do comunismo. Poucas pessoas sabem que a anarquia e o comunismo são concepções políticas e econômicas extremamente benéficas, ordeiras, pacíficas, vantajosas, justas, solidárias, fraternas, benevolentes. Concepções que levam a sociedade à harmonia, à felicidade. Por sua vez os anarquistas radicais ao invés de colaboraram para a implantação da anarquia, obram contra, por despertar o repúdio popular. Não é possível estabelecer uma sociedade ácrata por meio de nenhuma revolução. As revoluções requerem que os vencedores detenham poder para conter os vencidos. E numa anarquia não há poder. Logo ela só pode ser atingida por consenso. Por desejo geral. Por renúncia espontânea à propriedade, ao governo, ao dinheiro. Isso tem que desaparecer por falta de necessidade. Não vai se abolir a polícia por decreto e sim porque se tenham passados inúmeras décadas sem que nenhum crime tenha sido cometido. Não vão se fechar as prisões por decreto e sim porque elas estarão desocupadas há décadas. Da mesma forma os exércitos, os advogados, os juízes. Isso tudo deixará de existir por total falta de demanda para seus serviços. Mas isso demora vários séculos. Mas é desse modo que se tem que atingir a anarquia. Como a culminância de um processo civilizatório gradual, pacífico, ordeiro, persistente, paciente. intimorato.

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