Se o átomo é a menor partícula de um elemento, por que, então ele é formado por neutrons, prótons e elétrons? E se durante a fissão nuclear, o núcleo atômico é bombardeado por um neutron, como o primeiro neutron é liberado, uma vez que ele encontra-se no interior de um átomo?

Elemento é um tipo de matéria que possui propriedades definidas e invariáveis, nas mesmas circunstâncias e que não pode ser separado, por processo macroscópico ou químico, em outras espécies diferentes. Átomo é a menor porção de matéria de um elemento. Os prótons, nêutrons e elétrons, sozinhos, não são um elemento, porque suas aglomerações, sem que estejam unidos em átomos, não constituem nenhuma espécie de matéria capaz de apresentar propriedades químicas. É possível haver um conglomerado de nêutrons puros, como é o caso das estrelas de nêutrons. Mas isso não se constitui em um elemento. Como prótons e elétrons possuem carga e se repelem (prótons a prótons e elétrons a elétrons), não se consegue reunir um conglomerado de prótons puros e nem de elétrons puros. Todavia eles pode existir esparsos no espaço interestelar. A liberação dos primeiros nêutrons em uma reação nuclear se dá pela radioatividade, devido ao fato do núcleo ser instável, por possuir número grande de prótons em relação ao total de prótons e nêutrons. À medida que o número atômico cresce, o número de nêutrons tem que crescer mais ainda para que a atração entre os nucleons (prótons e nêutrons) supere a repulsão elétrica dos prótons e o núcleo se estabilize. Se o número de nêutrons for insuficiente, o núcleo pode ser romper. Por isso os isótopos radioativos têm menos nêutrons do que o estável. Na fissão há emissão de nêutrons também. Se a amostra for suficientemente compacta, esses nêutrons vão provocar a fissão de outros núcleos e surge a reação em cadeia que libera muita energia. Se a compactação for insuficiente, os nêutrons escapam. Por isso é que uma bomba atômica de fissão consiste de duas amostras de material físsil separadas, que só explodem quando são arremessadas uma sobre a outra, de modo que, reunidas, ultrapassem o limite de compactação que permite a reação em cadeia.