sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A religião, longe de ser uma aceitação, é uma negação da vida ?‎

De certa forma sim, pois a religião, em geral, coloca o propósito da vida além da vida. Isto é, não se vive pela vida em si mesma mas para um objetivo que lhe transcende. Ora, tal objetivo é ilusório. Não existe nenhum prosseguimento de qualquer tipo de vida para a consciência dos seres que a possuem, dentre os quais os humanos, após o cessamento do funcionamento de seu organismo biológico. Portanto o objetivo da vida tem que ser colocado dentro dela mesma. Não fazendo assim, as religiões, em verdade, negam a vida como o bem sumamente precioso que é e colocam o foco numa pretensa eternidade inexistente. Com isso, muitas vezes, repudiam a felicidade que se pode obter em curtir a vida em si mesma, como acontece com a rejeição do sexo como fonte legítima de prazer por si mesmo, independentemente da finalidade procriadora. Isso também vale para a curtição de outros prazeres perfeitamente válidos. Ou outros aspectos, como o livre pensamento e o livre exame de tudo o que se apresentar à consideração da mente, no que as religiões atravancam o progresso científico se a ciência levar a conclusões que contradigam seus dogmas. De modo diverso do que pretendem alguns, não há conciliação entre a ciência e a religião, não em razão das descobertas científicas corroborarem ou não os dogmas religiosos, mas em razão das religiões, aprioristicamente, não aceitarem qualquer conclusão cientifica que as contradigam.

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