sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Professor, quais são as principais diferenças que o senhor percebe na geração adolescente/início fase adulta da época do senhor e a que temos hoje? Pontos positivos e negativos de cada. As mudanças estão sendo pra melhor ou pior?

Assumir ser adulto, quando isso se deu comigo, no final da década de 1960, era algo que ocorria mais cedo na vida das pessoas. Aos 18 anos eu já trabalhava e aos 22 me casei. Minha adolescência se deu dos 11 aos 15 anos e minha juventude dos 15 aos 19. Daí para frente, para todos os efeitos, eu era adulto mesmo, com todas as responsabilidades disso. Essa é uma grande diferença. Além disso acho que éramos muito mais idealistas e hoje os jovens são mais pragmáticos. E eu abomino o pragmatismo. Não se pensava tanto em ganhar dinheiro ao se escolher a profissão a seguir. Os melhores alunos das turmas queriam ser professores, como eu, para acabar com a ignorância do mundo, mesmo que se ganhasse menos (mas professor, então, ganhava comparativamente bem melhor do que hoje). Em compensação, não tínhamos acesso a tanta informação quanto se tem agora. E nem havia tantas facilidades para tudo, como computadores, celulares, internet, câmaras digitais e assim por diante. Gostaria que esse mundo de maiores facilidades de hoje fosse povoado pelas pessoas responsáveis e idealistas de minha época.

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