segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A criminalização do sexo por parte da religião é uma forma de tirar das pessoas a única coisa prazerosa desta vida?

Não é bem assim. As religiões não criminalizam o sexo. O que elas fazem é impor restrições. Mas essas restrições não são válidas. Por outro lado, o sexo não é a única coisa prazerosa da vida. Há muitas outras, mesmo que o sexo seja uma das mais. Depois, as restrições religiosas ao sexo, em verdade, advém de considerações econômicas, para preservar o patrimônio e a herança. Trata-se de uma concepção patriarcal, que é mais antiga do que as religiões, tendo surgido após o ser humano ter adquirido a consciência de que é o sêmen do homem que fecunda a mulher. Então começou-se a exigir da mulher fidelidade ao marido e virgindade antes do casamento. Isso, contudo, nunca foi socialmente exigido dos homens. As religiões adotaram tal exigência, também, porque, ao surgirem como institucionalização das crenças mitológicas primitivas, organizaram-se em parceria com o poder militar, político e econômico, na intenção de preservar as benesses e os privilégios das classes dominantes. Mesmo os movimentos contestatórios, como o cristianismo em relação a judaísmo e o protestantismo em relação ao catolicismo, de início defensores dos oprimidos, ao longo do tempo também acabaram se unindo aos opressores. Como, também, o islamismo. E uma das grandes opressões é o machismo, que está por trás das restrições sexuais impostas às mulheres. A solução é a anarquia ateísta (e, de lambuja, comunista). Ela inclui a liberalização sexual das mulheres com a sua equiparação aos homens em relação a todos os aspectos. Dentre os quais a admissão aberta da possibilidade da pluralidade amorosa paralela, sem que se configure nenhuma infração, podendo, pois, ser francamente assumida na sociedade, com a ciência e o consentimento dos envolvidos e de todo mundo.

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