terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Como você compara a qualidade do seu aprendizado nas matérias que estudou como autodidata em relação a outras pessoas com formação acadêmica?

Vejo isso em relação ao meu próprio conhecimento de física e matemática, que estudei formalmente, bem como autodidaticamente. O estudo formal propicia uma base ampla sobre a qual se pode alicerçar um vasto edifício com várias torres dos assuntos em que se dedica mais intensamente. Quando não se tem esse alicerce, pode-se, também, erigir torres, mas elas são menos bem apoiadas e menos interligadas com os conhecimentos correlatos. Isso não é empecilho para ergue-las, pois, posteriormente, à medida que vai se detectando alguma falta de apoio, esses podem ser construídos. Todavia, algumas pessoas com formação acadêmica não se dispõem a se elevar acima dos terraços baixos da edificação que sua formação construiu. Aí pode ser que fiquem aquém, em conhecimentos, de alguém que se eleva mais. Por isso é que acho que tudo o que se estuda nas faculdades é muito pouco para se dizer que se entende de algo. Eu diria é não chega a um décimo do que se tem que saber para se dizer que é um entendido em algum assunto. Principalmente no Brasil em que o esquema educacional do nível superior é muito restrito e antolhado, com uma visão bem mesquinha. As faculdades, com exceções, é claro, são muito frouxas e pouco exigentes. E se forem exigentes, os alunos protestam, porque não querem saber e sim tirar o diploma. Isso é que causou um enorme pasmo ao Feynman quando passou seu ano sabático no Brasil, em 1952. Acho que hoje está, até, pior.

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